Vender minha RPV ou pegar um empréstimo?
RPV, Precatórios, Processo Judicial
RPV, Precatórios, Processo Judicial
Em geral, os advogados enfrentam algumas dificuldades para manter a organização financeira, considerando que os maiores ganhos dos escritórios de advocacia são com os honorários recebidos ao final das ações judiciais.
A imprevisibilidade desses recebíveis pode se tornar um grande pesadelo para estes profissionais, o que faz com que muitos recorram a linhas de crédito para obterem um fôlego e organizarem as finanças.
Por outro lado, o advogado pode possuir várias RPVs e ficar sujeito à morosidade do judiciário, obrigando o profissional a suportar uma longa espera para obter os seus ganhos.
Sendo assim, o advogado tem duas alternativas: antecipar as RPVs ou pegar um empréstimo.
Geralmente, para conseguir uma linha de crédito, é necessária a comprovação de renda, o que, por si só, já se torna um processo complexo para profissionais autônomos. Em alguns casos o consumidor precisa oferecer algum bem em garantia e/ou procurar fiadores para viabilizar a liberação do crédito.
Além disso, terá de encarar altíssimas taxas de juros e as famosas cláusulas abusivas dos contratos de adesão, além das tarifas abusivas cobradas pelos serviços bancários.
Por muito tempo, os bancos monopolizaram o mercado financeiro. No entanto, atualmente existem outras possibilidades para os profissionais do direito obterem antecipação de créditos sem se submeter às dificuldades impostas pelas instituições financeiras tradicionais.
Por meio desta operação, é possível receber valores que o profissional só poderia receber quando a ação fosse concluída.
Como qualquer modalidade de investimento, é calculado um deságio, um desconto para tornar o negócio atrativo tanto para o cedente quanto para os investidores.
Assim, o advogado recebe o valor acordado à vista, sem precisar aguardar os prazos da justiça e com o trâmite muito mais simples do que o enfrentado para conseguir um empréstimo junto aos bancos, já que para a cessão de crédito é considerado os dados da ação judicial e não do histórico financeiro do profissional.
Esse tipo de negociação, mesmo com o deságio, costuma ser mais vantajoso do que as taxas de juros cobradas por instituições financeiras em operações de crédito regulares.
Por Cinga - dez 2022
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Por Cinga - ago 2022